O desenvolvimento das pesquisas e do estudo de Lotsof com uso da Ibogaína
Após ter uma experiência acidental com a Ibogaína em uma viagem à África na década de 1960, Lotsof percebeu que aquilo que tinha em mãos era uma forma de auxiliar milhões de pessoas que lutavam contra o vício no mundo todo. Ele foi a primeira pessoa a defender amplamente o uso da substância natural para tratamentos contra o vício. Afinal, a forma como ela funciona permite que a sensação de prazer fique dissociada do uso da substância.
Os seus estudos envolveram uma série de pesquisas dos quais ele foi autor e coautor. Igualmente, foi ele quem conseguiu uma série de patentes para o uso da Ibogaína em tratamentos contra dependências químicas. Elas, por sua vez, não se referiam apenas à heroína, substância que Lotsof combateu com o uso da Ibogaína. Esta também se mostrou efetiva em tratamentos contra outros narcóticos, bem como na dependência de polifármacos.
Assim, Lotsof iniciou a possibilidade de tratamento clínico ocidental com uso dessa substância. O uso sistemático, aliás, já ocorria em tribos em Camarões, sendo a primeira vez que o uso clínico era proposto.
Outra das vitórias de Lotsof nos estudos quanto ao uso da Ibogaína em tratamento contra a dependência química foi a possibilidade de encapsular a substância. Isso aconteceu na década de 1980, quando uma empresa belga o fez a pedido do pesquisador. Ele, então, usou das cápsulas para um estudo e tratamento revolucionários que se deu na Holanda e cujo público era composto por dependentes químicos diversos.
Já a popularização do uso da substância, em cápsulas ou não, na América Central e do Sul se deve a Eric Taub e Lex Kogan, que sistematizaram os tratamentos disseminando-os para centros de tratamento de todo o mundo. Assim, tem-se que não é apenas aqui que a Ibogaína é vista como uma das maneiras mais naturais e efetivas de se afastar de um vício, tendo controle sobre episódios de fissura ou de impulsividade para o uso das substâncias.